quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Consequências da vitória do Sim

Se no próximo referendo, o eleitorado der a vitória ao sim, a lei alterar-se-á passando a não serem penalizadas as mulheres grávidas que abortarem até às 10 semanas de gravidez.
Como principais consequências desta alteração teremos: a possibilidade de se realizarem abortos em estabelecimentos de saúde legais, com excelentes condições médicas, acabando com os abortos clandestinos. Desta maneira os riscos de saúde para as mulheres que abortam diminuem. Acabam os humilhantes julgamentos de mulheres que abortaram por a vida não lhes dar outra opção. É dada uma oportunidade à mulher/casal de interromper uma gravidez indesejada. Que por vezes acabam em maus tratos e abandono.
Contudo, penso, que nem tudo são consequências positivas. Vejamos, esta despenalização não será a fachada da liberalização, na medida em que a mulher não apresenta justificações, nem psicológicas, nem económicas, nem sociais, a quem quer que seja (médico, por exemplo). Outra questão é o facto da mulher poder utilizar o aborto uma, duas, três, n vezes, sem ser sequer aconselhada por um médico. Desta maneira o aborto pode ser visto como mais um método contraceptivo e neste caso o último. Mas a questão mais importante prende-se com a possibilidade de haver a destruição voluntária de uma vida em potência, ou seja, até às 10 semanas já o embrião adoptou um padrão genético único e próprio e diferente do dos pais e este início de vida será interrompido. Desta maneira abortar algo que está em nós (neste caso nas mulheres), mas que não nos pertence é uma atitude um tanto ao quanto ditatorial.

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